O mercado de sistemas de gestão integrados vêm passando, especialmente nos últimos dois anos, por um processo de customização a diversos negócios e nichos de mercado. No passado, era bastante comum implementar softwares genéricos (não direcionados a negócios e indústrias específicas), ainda que a estrutura da empresa não fosse compatível com os processos delineados no software adquirido. Muitas vezes as empresas adaptavam-se ao software adquirido, criando ou eliminando áreas e processos. Esse movimento foi positivo durante determinado tempo, uma vez que estes softwares traziam o que denominavam "melhores práticas de mercado", fruto de benchmarking e análise dos negócios dos clientes por parte das empresas desenvolvedoras. Por outro lado, uma corrente de mercado passou a questionar-se sobre qual seria a vantagem competitiva frente à concorrência se todos os players adotassem processos semelhantes. Além disso, adaptar-se a um software de terceiros tinha impacto negativo na manutenção da cultura organizacional que, em muitos casos, era considerada um ativo gerador de diferenciação competitiva.
Essas percepções dos clientes, bem como o simples acirramento do ambiente competitivo entre fornecedores de soluções, levou grande parte das empresas desenvolvedoras o oferecer soluções customizáveis aos negócios e softwares específicos para determinados negócios, nichos e indústrias. Essas soluções também costumam ser mais escaláveis atualmente, no sentido em que se pode adequar o montante investido em sua aquisição e uso ao porte real de cada negócio.
Ao escolher um software de gestão, deve-se avaliar se a desenvolvedora possui sistema customizado para o seu negócio, se a solução e customizável (e qual o custo de customização) e se a solução é escalável. Além disso, é importante verificar qual o conhecimento da empresa desenvolvedora sobre as particularidades de sua área de atuação - sistemas desenvolvidos por empresas que não possuem analistas de negócios e verticais costumam ser excessivamente genéricos, dificultando a operação cotidiana das empresas usuárias. É importante verificar se a empresa fornecedora possui experiência comprovada em seu setor. É importante que ela possa apresentar clientes-chave em sua área de negócio. Por fim, é importante avaliar aspectos técnicos - o fornecedor deve garantir ser capaz de migrar seus sistemas legados à nova plataforma ou integrar a nova solução à sua infra-estrutura legada. A estabilidade e eficiência da solução, bem como o suporte (local e remoto) do fornecedor devem ser garantidos por termos contratuais.