Acesso a dados na velocidade do pensamento e monitoramento de redes sociais estão entre as tendências que revolucionaram o mercado Para Diego Anunciato, consultor de pré-vendas da SAP, sustentabilidade é e continua sendo um assunto em voga, à medida que a escassez de recursos naturais e a preocupante situação climática são uma realidade. Aliados a isso, as empresas ainda precisam pensar nos âmbitos econômico-financeiro e social para manter o negócio sustentável pelos próximos anos. ''Com a democratização da internet, hoje temos milhões de conexões ao redor do mundo. Mas o principal ponto da atualidade é que a velocidade de acesso à informação cresceu substancialmente. Isso gera uma nova maneira de pensar na rede'', pontua Anunciato. É aí que surgiram soluções como a computação na nuvem. ''Se tem várias pessoas usando as mesmas coisas, faz sentido ter um aplicativo em cada computador se posso ter tudo compartilhado e armazenar na rede?'', questiona ele. Essa rede também gerou um grande ambiente colaborativo através das redes sociais, onde os usuários se tornaram uma rica fonte de informação e de influência. A partir daí, surge a necessidade de as empresas estarem atentas ao que se diz nesses ambientes. ''Faz sentido esperar o cliente reclamar se posso agir proativamente, transformar opiniões negativas em positivas?'', diz. Faz sentido, tampouco, ter acesso aos indicadores para tomadas de decisões de dentro do escritório, apenas, quando o momento clama por mobilidade. Na visão de Anunciato, essas mudanças indicam um futuro em que a mobilidade passará a ser total e o acesso a dados se dará na velocidade do pensamento. Dinâmica Para sobreviver a um mercado dinâmico como esse, uma empresa precisa viver no ''real time'', analisa o vice-presidente comercial da SAP, André Petroucic. ''Ter a informação no final do mês para tomada de decisão já não é mais suficiente'', avalia. No entanto, as aplicações que temos disponíveis hoje não permitem que as informações sejam analisadas em tempo real, acrescenta. ''Se tem banco de dados com tabelas relacionadas e em diversas dimensões, não é possível cruzar essas informações em 'real time'''. Para amenizar esse problema, a tecnologia de processamento ''em memória'' já está sendo utilizada por empresas para acelerar esse cruzamento de informações. ''A tecnologia 'in memory' permite processar milhões de registros na velocidade do pensamento e vai mudar a regra do negócio'', explica Petroucic. A estimativa do IBC é que, hoje, a penetração da aplicações empresariais em memória na nuvem é de 4%. Em 2012, essa estimativa sobe para 40%. A tecnologia em memória da SAP combina software e hardware com recursos analíticos de alto desempenho desenvolvido em parceria com a HP e a IBM. ''Antigamente memória era muito cara e a capacidade era reduzida. Hoje, o preço de memória é muito barato. É mais barato que o disco, e o tempo de processamento é 10 mil vezes mais rápido porque não tem nada físico. Ao invés de guardar seus dados no disco, (a tecnologia em memória) vai jogar na memória'', explica o vice-presidente comercial. Mobilidade é a nova ordem Ele cita como exemplo de aplicação móvel em memória uma empresa de varejo de supermercados. Os caixas em operação estarão constantemente emitindo cupons de venda, produto por produto. A qualquer momento, o gerente pode ter, do seu notebook, IPad ou qualquer aparelho móvel, informações das mercadorias que está vendendo em tempo real. ''De repente o produto de padaria está com a venda um pouco abaixo da meta. Ele pode reagir instantaneamente a essa demanda fazendo uma oferta aumentando a venda do produto'', afirma. (M.F.C.) Reportagem Local | |
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Fonte: Folha de Londrina – PR |