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À procura de abrigo - 20/11/2009
Lojas de materiais de construção, utilidades domésticas, equipamentos esportivos, iluminação, livros e locadoras de DVDs são os novos alvos de uma tendência que vem se acelerando no varejo, a store in store — loja dentro de loja. A recessão no início do ano reforçou ainda mais o interesse dos empresários nesse modelo. “Os custos menores e o fluxo garantido de pessoas tornam a prática ainda mais atraente em tempos de crise”, afirma o diretor executivo da Associação Brasileira de Franchising, Ricardo Camargo. Na avaliação do professor do Centro de Excelência em Varejo da Fundação Getulio Vargas (FGV), Maurício Morgado, “o negócio é bom para os dois lados. A in store economiza em manutenção e a loja-mãe ganha por oferecer mais conforto e conveniência ao cliente”.
A rede Casa do Pão de Queijo é uma das que apostam na diversificação, e já tem franquias dentro de pontos como Telhanorte Materiais de Construção, Casas Bahia e Magazine Luiza. “Somos muito procurados porque ocupamos pouco espaço e cumprimos bem o papel de espaço gostoso para tomar um cafezinho”, afirma o presidente, Alberto Carneiro Neto. A empresa já soma 25 unidades dentro de lojas.
A Rei do Mate também investe no modelo. Nos últimos quatro anos, a franquia passou a estar cada vez mais presente nas grandes lojas, e não apenas em supermercados. Hoje, são oito unidades funcionando dentro de vários tipos de comércio em São Paulo, a exemplo da Dicico Home Center da Construção, Lustres Yamamura e Decathlon, de roupas e equipamentos esportivos. Uma desvantagem, no entanto, é depender sempre do movimento da loja-mãe. Mas o resultado acaba sendo favorável, como aponta a gerente de expansão da marca, Adriana Lima. “As lojas internas têm custo fixo até 50% menor que o das lojas de rua”, diz.A regra agora é otimizar o espaço. Em vez de ir às ruas, as franquias buscam um lugar à sombra do varejo.
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